sábado, 8 de janeiro de 2011

Sistemas, substâncias e misturas.

Sistema é uma porção limitada do universo, considerada como um todo para efeito de estudo.

    Sistema homogêneo: é aquele que apresenta as mesmas propriedades em qualquer parte de sua extensão.
    Sistema heterogêneo: é aquele que não apresenta as mesmas propriedades em qualquer parte de sua extensão.
        No sistemas heterogêneos, observa-se duas ou mais porções, em si homogêneas, limitadas por superfícies de separação.

    Fases: São diferentes porções homogêneas, limitadas por superfície de separação, que constituem um sistema heterogêneo.
    DETALHANDO: Sistemas heterogêneos são sistemas polifásicos e sistemas homogêneos são sistemas monofásicos ou unifásicos.

Substância pura: é todo o material que se caracteriza por apresentar:
    a) composição fixa
    b) densidade
    c) Ponto de fusão (PF)
    d) Ponto de ebulição (PE) e outras propriedades constantes.
        Substância simples: são formadas por um único elemento químico
           
            Alotropia: É quando um mesmo elemento químico pode formar duas ou mais substâncias simples diferentes.
                    Carbono: diamante e grafite;
                    Oxigênio: oxigênio comum e ozônio;
                    Fósforo: fósforo branco e fósforo vermelho;
                    Enxofre: enxofre rômbico e enxofre monoclínico
                   
        Substância composta: são as formadas por dois ou mais elementos químicos diferentes.

Mistura: é todo material constituído por duas ou mais substâncias puras, chamadas componentes da mistura.

    Mistura homogênea: é toda mistura que constitui um sistema homogêneo.
               Toda solução é, por definição, uma mistura homogênea.
               Misturas homogêneas são impossíveis distinguir superfícies de separação.

    Mistura heterogênea: é toda mistura que constitui um sistema heterogêneo.

        Mistura eutéticas: São misturas que se comportam como se fossem substância pura durante a fusão.
        Mistura azeotrópica: São misturas que se comportam como se fossem substância pura durante a ebulição.

IMPORTANTE: NÃO CONFUNDA MISTURA COM SUBSTÂNCIA COMPOSTA/SIMPLES

a) Uma substância pura é formada por entidades (moléculas ou conjuntos iônicos) quimicamente iguais entre si.
b) Substâncias puras têm formulas, misturas não.
c) As substâncias compostas não conservam as propriedades de suas substâncias constituintes; as misturas conservam as propriedades das substâncias componentes.
d) Durante todas as mudanças de estado físico das substâncias puras, a temperatura permanece constante do início ao fim do processo. O mesmo não ocorre com as misturas.
   

Tipos de Rochas

Rochas Magmáticas ou ígneas
Há cerca de 3,8 bilhões de anos, a matéria incandescente que estava à superfície da Terra começou a esfriar e a se solidificar, formando a crosta terrestre.
Consolidaram-se, assim, as primeiras rochas, chamadas magmáticas ou ígneas.

Há diferentes tipos de rochas magmáticas ou ígneas, dependendo da constituição química e de como ele se consolidou.

    Rochas intrusivas (plutônicas ou abissais): O magma se esfria e se solidifica no interior da crosta terrestre. Nestas rochas os minerais se agrupam e formam cristais visíveis a olho nu.
    Ex.: Granito.
    Rochas extrusivas (vulcânicas ou efusivas): O magma atinge a superfície terrestre em forma de lava, seu esfriamento acontece rápido.
    Ex.: Basalto.


Rochas metamórficas
A pressão e a temperatura muito elevada, os fortes atritos provocam alteração na estrutura molecular das rochas já formadas, o que dá origem às rochas metamórficas.
Ex.: gnaisse - origina do metamorfismo do granito (rocha magmática).
     mármore - origina do metamorfismo do calcário, rocha sedimentar.

Rochas sedimentares
Ao longo de milhões de anos, as partículas de rocha e solos eroditos, transportado pelo vento e pelas águas, foram depositadas em depressões. Nesses depósitos formaram-se lagos e oceanos, e a compactação física e química das partículas formaram as rochas sedimentares.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sujeito - Resumo

O ser de quem se informa algo.

O núcleo do sujeito pode ser expresso por substantivo, pronome substantivo, numeral ou palavra substantivada.

Tipos de sujeito

Simples

Quando possui um só núcleo.

Composto
Quando possui mais de um núcleo.

Oculto, desinencial ou implícito

Por elegância ou concisão, o sujeito simples não aparece expresso na oração, mas pode ser facilmente identificado pela desinência verbal.

Sujeito indeterminado
Quando a informação contida no predicado refere-se a um elemento que não se pode (ou não quer) identificar.

    a) O verbo está na terceira pessoa do plural e não há sujeito expresso na oração, nem é possível identificá-lo pelo contexto.
    b) o verbo está na terceira pessoa do singular, seguido do índice de indeterminação do sujeito se.
        OBS.: Só há índice de indeterminação do sujeito com verbo transitivo indireto.

Oração sem sujeito
Quando a informação veiculada pelo predicado não se refere a sujeito algum.

    a) verbos que exprimem fenômeno naturais (chover, ventar, anoitecer...)
    b) os verbos fazer, ser, estar na indicação de tempo cronológico ou clima.
    c) O verbo haver no sentido de existir ou indicando tempo transcorrido.
        OBS.: O verbo existir não é impessoal. Logo, ele possuirá sujeito expresso na oração, concordando com ele.

IMPORTANTE:
Os verbos impessoais (exceção feita ao verbo ser) devem ficar sempre na terceira pessoa do singular.

Conceitos - Genética

Genética
É o estudo da hereditariedade. Hereditariedade é a transferência  das informações responsáveis pelas características do organismo.

O espermatozóide quanto o óvulo contêm um coleção haplóide (n) de cromossomos.
Quando ocorre a formação do zigoto, é restabelecido o padrão cromossômico diplóide (2n), ou seja, passa haver dois representantes de cada tipo de cromossomo característico da espécie.


Cromossomos Homólogos
São os pares de cromossomos do mesmo tipo.
Os cromossomos homólogos apresentam o mesmo tamanho, a mesma forma e uma coleção semelhantes de genes.

Genes alelos
São genes situados na mesma posição ou loco nos cromossomos homólogos que controlam o mesmo tipo de característica.

Genótipo
É a constituição genética de um indivíduo.

Fenótipo
É qualquer característica metabólica ou morfológica.

DICA: Genótipo só pode ser representada (Aa, Dd, DD...) enquanto fenótipo podemos medir, apalpar, ver...

DICA II: Genótipo + meio = Fenótipo

IMPORTANTE:
As condições ambientais só podem modificar a expressão de um gene dentro de certos limites estabelecidos pelo potencial desse gene.

Caracteres Hereditários
São características resultantes principalmente da ação dos genes.

Caracteres adquiridos
São características resultante  principalmente da ação dos fatores ambientais.

Caracteres congênitos
É o caráter que, adquirido durante a vida embrionária, está presente por ocasião do nascimento.

Gregor Mendel (1822-1884)
Abade de um mosteiro na Tchecoslováquia, foi o primeiro homem a estudar a hereditariedade usando o método científico.
Ele realizou suas experiências numa época em que não se conheciam nem o gene, nem cromossomo, nem meiose.
O material escolhido por Mendel para as suas pesquisas foi a ervilha (gênero Pisum)

Lei da segregação de um par de fatores ou lei do monoibridismo
Cada carácter é condicionado por um par de fatores (genes) que se separam na formação dos gametas, nos quais ocorrem em dose simples.

Dominância incompleta, intermediária, ausência de dominância ou codominância

É quando o híbrido (heterozigótico) apresenta um fenótipo diferente do que se verifica nos dois indivíduos puros.

Segunda Lei de Mendel, o Diibridismo
Num cruzamento em que estejam envolvidos dois ou mais caracteres, os fatores (genes) que determinam cada um deles separam-se de forma independente durante a formação dos gametas e se recombinam ao acaso, formando todas as combinações possíveis.

Polialelia
É o caso de uma característica se controlada por mais de um par de alelos diferentes.
Apesar da existência de mais de dois pares de alelos, cada indivíduo carrega apenas 2, proveniente do pai e outro da mãe.
Ex.: Pelagem em coelhos - há quatro alelos C pêlo selvagem, cch para cinchila, ch para himalaia e ca para albino.

Grupo sanguíneo
Polialelia no homem.
Na espécie humana existem quatro grupos sanguíneos - A, B , AB E O - dependendo da presença ou ausência de certos antígenos na superfície dos glóbulos vermelhos.
Mas a presença dos aglutinogênios nas hemácias não é a única características do grupo sanguíneo. O plasma desses indivívudos apresenta anticorpo chamados aglutininas.

Fator Rh
O sistema Rh depende de um antígeno nas hemácias diferentes do aglutinogênio A e B e controlado por genes independentes dos genes do sistema ABO.

Interação gênica
Ocorre interação gênica quando dois ou mais pares de genes alelos diferentes trabalham em conjunto para formar o mesmo caráter.
Existem vários exemplos desse fenômeno, como a forma do fruto em abóboras, a surdez-mudez no homem, a cor das penas em galinhas e a herança quantitativa.

Herança quantitativa
Umas das formas de interação gênica. Em todas as interações gênicas notamos uma variação contínua no fenótipo dos indivíduos resultantes do cruzamento entre dois híbridos.
A cor da pele no homem depende da quantidade de melanina e esta, por sua vez, depende da presença dos genes S e T, não alelos.
Cada um deles contribui com uma dose de melanina, enquanto seus respectivos alelos s e t não contribuem.
Entre o branco e o negro, os indivíduos variam de tonalidade, dependendo da quantidade de genes S e T em seu genótipo.

Pleiotropismo
Um gene tem efeito simultâneo sobre várias características do organismo.
Esse gene é denominado pleiotrótipo.
Ex.: Polidactilia (mais de cinco dedos nas mãos), oligofrenia (baixo desenvolvimento mental) e hipogonadismo (órgãos sexuais pouco desenvolvidos), esse conjunto de anomalias é chamado síndrome de Lawrence Moon.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Revolução Francesa

A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada.
No topo da pirâmide social, estava o clero que tinha o privilégio de não pagar impostos.
Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte.
A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos.
A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos.
Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à guilhotina.

Inicio da Revolução

O Terceiro Estado exigiu que as reuniões fossem conjuntas e não separadamente por Estados.
Diante da negação, o Terceiro Estado proclama-se em Assembléia Geral Nacional.
O Rei, desesperado diante do atrevimento dos representantes populares, manda fechar a sala de reuniões.
Mas o Terceiro Estado não se da por vencido e seus deputados se dirigem para um salão que a nobreza utilizava para jogos.
Lá mesmo fizeram uma reunião, onde ficou estabelecido que permaneceriam reunidos até que a França tivesse uma Constituição.
Esse ato ficou conhecido com o nome de O Juramento do Jogo de Pela.
No dia 9 de julho de 1789, reúne-se uma Assembléia Nacional Constituinte, incumbida de elaborar uma Constituição para a França.
A burguesia francesa, por sua vez, apelou para o povo. No dia 14 de julho de 1789, toda a população parisiense avança, num movimento nunca visto, para a Bastilha, a prisão política da época, onde o responsável pela prisão foi preso e enforcado.
A burguesia, preocupada em estabelecer as bases teóricas de sua revolução, fez aprovar, no dia 26 de agosto do mesmo ano, um documento que se tornou mundialmente famoso: A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

O Processo Revolucionário


1º fase - Assembléia Nacional Constituinte

Um dos atos mais importantes da Assembléia foi o confisco dos bens do clero francês, que seriam usados como uma espécie de lastro para os bônus emitidos para superar a crise financeira.
A situação estava muito confusa. A Assembléia não conseguia manter a disciplina e controlar o caos econômico.
O Rei entra em contato com os emigrados no exterior (principalmente na Prússia e na Áustria) e começam a conspirar para invadir a França, derrubar o governo revolucionário e restaurar o absolutismo.
A partir daí uma grande agitação tem início, pois seria votada e aprovada a Constituição de 1791.
Esta constituição estabelecia, na França, a Monarquia Parlamentar, ou seja, o Rei ficaria limitado pela atuação do poder legislativo (Parlamento).
Os setores populares estavam descontentes, porque continuavam ainda sob o despotismo, não o da monarquia absoluta mas o despotismo dos homens do dinheiro, setores tradicionais da nobreza e do clero conspiravam, com a anuência do Rei, para tentar restaurar o antigo regime. 
No recinto da Assembléia, sentava-se à esquerda o partido liderado por Robespierre, que se aproximava do povo: eram os Jacobinos ou Montanheses (assim chamados por se sentarem nas partes mais altas da Assembléia).
No centro, sentavam-se os constitucionalistas, defensores da alta burguesia e a nobreza liberal, grupo que mais tarde ficará conhecido pelo nome de planície.
À direita, ficava um grupo que mais tarde ficará conhecido como Girondinos, defensores dos interesses da burguesia francesa e que temiam a radicalização da revolução.


2º fase - Assembléia Legislativa

A Assembléia Legislativa francesa exigiu da Áustria e da Prússia um compromisso de não invasão e, como não foi atendida pelas monarquias absolutas, declarou guerra a 20 de abril de 1792.
Luís XVI exultava, pois esperava que os exércitos franceses fossem derrotados para que ele pudesse voltar ao poder como Rei absoluto.
A atuação dos exércitos franceses foi um fracasso no campo de batalha.
Na Assembléia, Robespierre denuncia a traição do Rei e dos generais ligados a ele, que também estavam interessados na derrota da França Revolucionaria.
Nas ruas de Paris e das grandes cidades, os sans culottes (maneira como os pobres das cidades se identificavam) se agitavam pedindo a prisão dos responsáveis pelas derrotas da França diante dos exércitos austríacos e prussianos.


3º fase - A Convenção Nacional

A 2 de setembro, pela manha, chegou a Paris a notícia de que Verdun estava sitiada; Verdun, a última fortaleza entre Paris e a fronteira. Imediatamente, foi lançada uma proclamação aos cidadãos: "À s armas cidadãos, às armas! O inimigo está às portas !" Vários prisioneiros, suspeitos de ligação com o antigo regime, foram massacrados pela população.
No dia 20 de setembro de 1792, chegou a Paris a notícia da esmagadora vitória dos exércitos franceses sobre os exércitos prussianos e, no mesmo dia. foi oficializada a proclamação da República, a primeira da França. Agora, o órgão que governará a França será a Convenção eleita por voto universal.
O novo governo revolucionário francês fez reformas de vários níveis, mas todas elas extremamente moderadas, de tal forma que não questionassem o poder dos girondinos.
Entretanto, os girondinos no poder viam na guerra uma forma de aumentarem suas fortunas e, por isso, quanto mais altos os preços dos produtos (alimentos, roupas), melhor para eles.
Os sans culottes, nas ruas de Paris, exigiam reformas, controle dos preços, mercadorias baratas, salários altos, e os girondinos exigiam exatamente o contrário.
A agitação aumenta, os girondinos ficam cada vez mais temerosos diante das manifestações dos sans culottes.
Entre maio e junho de 1793, o povo se levanta em Paris, cerca o prédio da Convenção e exige a prisão dos Deputados traidores, isto é, dos girondinos. Os jacobinos (montanheses) aproveitaram as manifestações de apoio dos sans culottes e depuseram os girondinos, instaurando um novo governo.

A fase do terror - a ditadura dos jacobinos

No dia 13 de julho de 1793, o ídolo popular Marat é assassinado por uma mulher membro do partido girondino. A partir daí a população exige a radicalização da revolução.
Inicia-se o terror: todos os elementos suspeitos de ligações com os girondinos e com a aristocracia contra-revolucionária são massacrados ou executados nas guilhotinas, depois de julgamentos populares.
Robespierre tenta, com alguma habilidade inicial, manter-se no centro para governar.
Aos poucos começa a atacar seus aliados da esquerda: foram presos e executados elementos como Hebert e Jacques Roux. Com a liqüidação dos elementos de extrema esquerda, Robespierre não pode contar com um apoio seguro dos sans culottes.
Robespierre, durante a ditadura dos jacobinos, consegue uma série de êxitos: liqüida a contra-revolução da Vendeia e obtém várias vitórias contra os inimigos externos da revolução (entre esses inimigos, contava-se não só a Prússia e a Áustria, mas também a poderosa Inglaterra); acelera os processos do segundo terror, que executa, na guilhotina, vários contra-revolucionários.

A reação Termidoriana: o golpe do 9 do Termidor

No dia 27 de julho de 1794 (9 do Termidor, pelo novo calendário revolucionário), ao iniciar-se mais uma reunião da Convenção, Robespierre e seus partidários foram impedidos de falar, e contra eles foi imediatamente decretada a prisão.
Seus partidários ainda fizeram uma desesperada tentativa de salvá-los, conclamando os sans culottes para se manifestarem publicamente e pegarem em armas contra o golpe de Estado que estava sendo dado.
Mas poucos atenderam aos seus apelos.
O partido da planície liderava o golpe.
A alta burguesia, que havia suportado o domínio do governo jacobino, de tendência popular, queria agora se libertar e acabar de uma vez por todas com ele, para estabelecer um governo dos ricos.

O novo governo apressa-se em tomar uma série de medidas para salvaguardar seus interesses: restaura a escravidão nas colônias (havia sido abolida anteriormente), acaba com a Lei do Máximo, que regulava os preços das mercadorias,(agora, poder-se-ía vender as mercadorias a preços os mais altos possíveis), e proíbe que se cante nas ruas a Marselhesa, o hino da revolução.

4º fase - O Diretório

Em setembro de 1795, prepara-se a nova Constituição.
A Convenção Revolucionaria desaparecia e cedia lugar a um tipo de governo exercido por um Diretório, composto por cinco membros representando o poder executivo, e duas Câmaras; uma delas era o Conselho dos Anciãos, e a outra, o Conselho dos Quinhentos, ambos representando o poder legislativo.
O governo do Diretório suprimiu o voto universal, implementado pela Convenção e restabeleceu o voto censitário.
Isto significa que todos os esforços feitos pela maioria do povo francês foram aproveitados pelas novas classes ricas.

18 de Brumário - O golpe em nome da Burguesia

A situação era extremamente grave. A burguesia, em geral, apavorada com a instabilidade, esquecia seus ideais de liberdade, pregados alguns anos antes, e pensava num governo forte, numa ditadura, se fosse preciso, para restaurar a lei e a ordem, para restabelecer as condições de se ganhar dinheiro de uma forma segura.
No dia 10 de novembro de 1799 (18 de Brumário, pelo calendário revolucionário), Napoleão retorna do Egito, e, com o apoio de dois outros políticos, dissolvem o Diretório e estabelecem um governo conhecido pelo nome de O Consulado.

O governo de Napoleão Bonaparte (1799-1814)

As reformas administrativas implementadas na período napoleônico foram um dos aspectos de maior durabilidade do governo.
Medidas que foram implantadas naquele momento permanecem até os dias de hoje na administração francesa.
O remanejamento administrativo centralizou o governo sob a égide de Paris.
No aspecto político tudo levava a crer que na verdade a sociedade francesa estaria diante de uma autocracia mal disfarçada.
O Código Civil fixado em 1804 foi responsável pela fixação dos traços da moderna sociedade francesa e também servil de exemplo para diversos Estados europeus que nele se inspiraram, adotando-lhe seus princípios e reproduzindo-lhe as disposições.
A política externa de Napoleão Bonaparte foi marcada pelo fim da diplomacia tradicional fundamentada sobretudo sobre alianças dinásticas, acordos matrimoniais ou conveniência dos soberanos.
Durante o período em que esteve a frente do governo francês deparou com inúmeras guerras, que resultaram em importantes mudanças na orientação da historia contemporânea, provocando a ira e a oposição das forças conservadoras e reacionárias representadas pela Santa Aliança.
Todo esse quadro a nível interno e externo, fez surgir o mito napoleônico, o "pequeno cabo" como era denominado pelos seus aficionados, e o bonapartismo, doutrina pregada por aqueles que eram a favor do modelo imperial estabelecido por Napoleão na França.

Funções Elementares

Função Constante

É toda função de IR -> IR do tipo:
f(x)=c

Características:
Domínio: D=IR
Imagem: Im=(c)
O gráfico é uma reta paralela a Ox.



Função Linear

É toda função de IR -> IR do tipo:
f(x)=ax (a pertence IR*)

Características:

Domínio: D=IR
Imagem: Im=IR
O gráfico é uma reta que passa pela origem.

Função afim

É toda função de IR -> IR do tipo:
f(x)= ax + b (a pertence IR* e b pertence IR)

Características:
Domínio: D=IR
Imagem: Im=IR
O gráfico é uma reta


Função Quadrática


É toda função de IR -> IR do tipo:



Características:
Domínio: D=IR
Imagem: Im=IR
O gráfico é uma parábola.

Função Modular

É toda função de IR -> IR do tipo:
f(x)= |x|

Características:
Domínio: IR
Imagem> IR+
O gráfico apresenta o seguinte aspecto.




terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Processo de Industrialização do Brasil - Resumo

Em 1919, as fábricas de tecidos, roupas, alimentos, bebidas e fumo eram responsáveis por 70% da produção industrial brasileira.

Em 1939, no início da Segunda Guerra Mundial, essa porcentagem havia se reduzido para 58% por causa do aumento da participação de outros produtos, como aço, máquinas e material elétrico, mas a industrialização brasileira ainda contava, predominantemente, com a instalação de indústrias de bens de consumo não-duráveis e investimentos de capital privado nacional.

Em 1942, teve início um período de investimento estatais em indústria de base e nos setores de infra-estruturas, como energia e transportes.
    Com a política desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek (1956-1960), concretizada em seu Plano de Metas, instalaram-se no país filiais de indústrias multinacionais de bens de capital e de bens de consumo duráveis.
    Todas essas fases fizeram parte de uma política de substituição de importações que perdurou até o começo da década de 1970.
   
A associação de capitais privados, nacionais e estrangeiros, com investimentos estatais levou a formação, no Brasil, de um parque industrial complexo nos setores de bens de consumo, de produção e de capital.
    Porém ainda é insuficiente para abastecer as necessidades sendo necessário importa máquinas, equipamentos e alguns produtos siderúrgicos não fabricados no país.

Atualmente, a atividade industrial é responsável por cerca de 25% do PIB brasileiro.
    Os setores predominantes são as industriais siderúrgicas, metalúrgicas, mecânicas, elétricas, química e de celulose.
    Em conjunto, esses setores são responsáveis por mais de 80% do produto industrial do país.
    Vem crescendo bastante o investimento em industriais ligadas às novas tecnologias, como robótica, aeronáutica, eletrônica, telecomunicações, mecânica de precisão e biotecnologia.
    Abertura da economia brasileira na década de 1990 facilitou a entrada de muitos produtos importados, forçando as empresas nacionais a se modernizarem e a incorporarem novas tecnologias ao processo  produtivo para concorrerem com as empresas estrangeiras.
    Assim, embora a produção industrial tenha crescido 24,8%, o período 1994 - 2002 (segundo o Anuário Estatístico do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), reduziu-se a necessidade de mão-de-obra nas fábricas, favorecendo o desemprego estrutural.

    Entre os aspecto positivos da dinâmica atual brasileira, podemos destacar o grande potencial de expansão no mercado interno, os aumentos nos volumes absoluto e relativo nas exportações de produtos industrializados, o aumento na produtividade, a melhora da qualidade dos produtos e uma maior dispersão espacial dos estabelecimentos industriais.

    Porém a indústria ainda enfrenta vários problemas que aumentam os custos e dificultam uma maior participação no mercado externo: deficiência e altos preços nos transportes, baixos investimentos públicos e privados em desenvolvimento tecnológico, baixa qualificação da força de trabalho e barreiras tarifárias e não-tarifárias impostas por outros países à importação de produtos brasileiros.

Evolução

Até o século XIX, a ciência não tinha tentado explicar a evolução das espécies, e a idéia generalizada, adotada até mesmo por vários naturalista, era a do fixismo, ou seja, a de que as espécies são únicas e imutáveis.


Lamarckismo

Segundo Jean Baptise de Monet, chevalier de Lamarck, as transformações das espécies dependeriam de dois fatores fundamentais, enunciados por ele como leis do mecanismo de evolução.

    Lei do uso e desuso dos órgãos
    Um órgão se desenvolvia com o uso e se atrofiava com o desuso.
    Essa lei encerra uma verdade apenas parcial e de pouco significação, pois sabemos que o ambiente só pode variar as características fenotípicas dentro de certos limites.
   
    Lei da herança dos caracteres adquiridos

    O caráter adquirido, resultante do desenvolvimento pelo uso ou da atrofia pelo desuso, seria transmitido aos descendentes.
    Este conceito não tem a menor base na realidade.
    Somente uma modificação no padrão genético (mutação), e mesmo assim nas células germinativas, poderá ser transmitida às gerações seguintes.


Darwinismo

    Seleção Natural

    Indivíduo com mais oportunidades de sobrevivência seriam aqueles cujas características fossem mais apropriadas para enfrentar as condições ambiente.
    Esses indivíduos teriam mais condições, as variações favoráveis tenderiam a ser preservadas e as desfavoráveis destruídas.
   
Neodarwinismo

Essa teoria resulta do trabalho acumulado de vários naturalistas que se seguiram a Darwin.

    Weismann
    Estabeleceu a existência de duas linhagens de células - as germinativas (que dão origem aos gametas) e as somáticas (que formam o corpo), mostrando que só se transferem aos descendentes as modificações surgidas na linhagem germinativa.

    de Vries
    Descobriu as mutações. Modificações no código genético.

    Hardy-Weinberg
    Teoria do isolamento geográfico e reprodutivo e às considerações matemáticas.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Isomeria

É a propriedade de dois ou mais compostos diferentes (pelo menos em uma de suas propriedades) apresentarem fórmulas moleculares iguais.

Isomeria plana
É aquela em que os compostos isômeros diferem entre si pelas suas fórmulas estruturais planas.

Isomeria espacial ou esteroisomeria
É aquela em que os compostos isômeros não diferem entre si por fórmulas estruturais planas, mas sim pelas espaciais.

Isomeria de cadeia
É o caso de isomeria plana em que os compostos isômeiros pertenccem á mesma função química, mas apresentam cadeias carbônicas diferentes.
No caso de compostos cíclicas, a isomeria de cadeia pode ser chamadas isomeria de núcleo.

Ex.:
C5H1002
Ácido pentanóico
Ácido 2-metilbutanóico
Ácido dimetilpropanóico

Isomeria de posiçao

É o caso de isomeria plana em que os isômeros pertencem à mesma função química, apresentam a mesma cadeia carbônica, mas diferem entre si pela posição do grupo funcional, ou da insaturação ou da ramificação na cadeia carbônica.

Ex.:
C4H100
3-metil 1-butanol
3-metil 2-butanol
2-metil 2-butanol

Isomeria de função ou funcional ou química
É o caso de isomeria plana em que isômeros pertencem a funções químicas diferentes.

Ex.:
Álcool e éter
C2H60
álcool etílico e éter metílico

Isomeria de compensação ou metameria
É o caso de isomeria plana em que os isômeros apresentam cadeia heterogênea e diferem entre sim pela posição do heteroátomo na cadeia.

Ex.:
C4H11N
dietilamina
metilpropilamina

Tautomeria

É um caso particular de isomeria de função na qual os isômeros coexistem sob forma de equilíbrio químico.

Ex.:
Acetona e Isopropenol

Isomeria geométrica
É o caso de isomeria espacial que ocorre em compostos que apresentam ligações duplas e em compostos cíclicos.

Ex.:
ácido maléico (cis)
ácido fumárico (trans)

Isomeria óptica

É um caso de estereoisomeria que ocorre em composto formados por moléculas assimétricas.
As moléculas assimétricas possuem o carbono assimétrico ou carbono quiral

Carbono assimétrico ou carbono quiral

É o átomo de carbono que está ligado a quatro radicais diferentes entre si.

Crase

A palavra crase significa fusão, junção.
Ocorre a crase com as vogais idênticas (a+a), indicada, na escrita, pelo acento grave (`).
Embora idênticas estas vogais pertencem a classes gramáticas diferentes: o primeiro a é sempre uma preposição.

a) O artigo feminino a ou as:
Fui a + a feira.
Fui à feira.

b) O a que inicia os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo.
Fui a + aquele monumento.
Fui àquele monumento.

c) O a do pronome relativo a qual ou as quais.
A cidade a + a qual nos referimos fica longe.
A cidade à qual nos referimos fica longe.

d) O pronome demonstrativo a ou as.
Esta caneta e semelhante a + a que me deste.
Esta caneta é semelhante à que me deste.

Regra Geral

Haverá crase sempre que o termo regente exigir a preposição a e o termo regido admitir o artigo a ou as.
Sujeito + Predicado
      VTI + OI (feminino)
          Crase

Eu me referi a + a diretora.
Eu me referi à diretora.

Dica: Trocar o termo regido por um masculino correlato, se obter a combinação ao, confirma a presença da crase.

Eu me referi ao diretor.

Caso Especiais

Expressões adverbiais
O a inicial das expressões adverbiais, prepositivas e conjuntivas formadas por palavras femininas - tais como:
à noite
à tarde
à vista
às duas horas
à meia noite
às vezes
às pressas
às escondidas
à moda de (mesmo que moda esteja subentendida)
à medida que
à proporção que
à exceção etc.

IMPORTANTE:Nessas expressões ocorre o acento grave (`), mesmo que não tenha ocorrido fusão de duas vogais idênticas.

Uso facultativo da crase


a) Diante de nomes de pessoas do sexo feminino.
Ele fez referência a Sandra. / Ele fez referência à Sandra.

OBS.: O uso é facultativo em termos gramáticas. Mas podemos especificar para casos particulares
Por exemplo

Nos casos em que não há idéia subentendida, é melhor a frase ficar sem crase.
Ele fez referência a Sandra. (nos casos de um ambiente profissional em que a referência a Sandra esteja diretamente relacionado a uma qualidade ou ação expressa no contexto da conversa).
(Ótima profissional)

Nos casos em que há idéia subentendida, a crase fica melhor com crase.
Ele fez referência à Sandra. (mesmo no ambiente profissional faz referência a uma qualidade não expressa no contexto da conversa, mas facilmente identificável por quem emite e quem recebe a mensagem).
(Ótima profissional, mas também BOA "profissional")

b) Diante de pronomes possessivos femininos
Obedeço a minha irmã. / Obedeço à minha irmã.

c) Diante da preposição até.
Fomos até a feira. / Fomos até à feira

Não ocorre crase

a) Antes de verbo
Ela ficou a ver navios.

b) Antes de pronomes de tratamento
Dirijo-me a vossa excelência!

Exceção: Senhora, senhorita e dona

c) Diante das palavras casa (no sentido de lar, moradia) e terra (no sentido de chão firme) não admitem crase.
Voltamos cedo a casa.
Os marinheiros desceram a terra.

ATENÇÃO: Se, no entanto, tais palavras estiverem especificadas, passarão a admitir crase.
Voltamos cedo à casa dos amigos.
Os marinheiros desceram à terra dos anões.

d) Os pronomes quem e cuja não admitem crase.
Esta é a mulher a quem obedeço.
Este é o autor a cuja obra me refiro.