quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

11. ENEM

Peste Negra

Meados do século XIV foi uma época marcada por muita dor, sofrimento e mortes na Europa. A Peste Bubônica, que foi apelidada pelo povo de Peste Negra, matou cerca de um terço da população européia. A doença mortal não escolhia vítimas. Reis, príncipes, senhores feudais, artesãos, servos, padres entre outros foram pegos pela peste.
 
A peste responsável pela epidemia do século XIV surge durante o cerco à colônia de Génova, Caffa, na Crimeia (Ucrânia), em Outubro de 1347 pelos tártaros (um povo mongol ou túrquico) auxiliados pelos venezianos. A peste matou tantos tártaros que foram obrigados a retirar-se, não sem antes contaminar a cidade. Ali morreram tantos habitantes que tiveram de ser queimados em piras, já que não havia mão de obra suficiente para enterrá-los.

Constantinopla teria sido infectada na mesma época. Vários navios genoveses fugiram da peste, indo atracar aos portos de Messina, Génova, Marselha e Veneza, com os porões cheios dos cadáveres dos marinheiros. A transmissão teria sido feita pelos ratos pretos de Caffa, que transmitiram as suas pulgas infectadas aos ratos destas cidades. Assim se explica que apesar de algumas cidades terem recusado os navios, tenham sido infectadas igualmente, já que os ratos escapavam pelas cordas da atracagem.

Após adquirir a doença, a pessoa começava a apresentar vários sintomas: primeiro apareciam nas axilas, virilhas e pescoço vários bubos (bolhas) de pus e sangue. Em seguida, vinham os vômitos e febre alta. Era questão de dias para os doentes morrerem, pois não havia cura para a doença e a medicina era pouco desenvolvida.

A Igreja Católica opunha-se ao desenvolvimento científico e farmacológico. Os poucos que tentavam desenvolver remédios eram perseguidos e condenados à morte, acusados de bruxaria. A doença foi identificada e estudada séculos depois desta epidemia.

A doença foi sendo controlada no final do século XIV, com a adoção de medidas higiênicas nas cidades medievais.

 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

10 ENEM

Guerra Fria

Nos fins da Segunda Guerra Mundial, os países aliados se reuniram na Conferência de Yalta para discutirem a organização do cenário político e econômico do pós-guerra. Já nesse encontro, Estados Unidos e União Soviética se sobressaíram como as duas maiores potências do período. Contudo, as profundas distinções ideológicas, políticas e econômicas dessas nações criaram um clima de visível antagonismo.

A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.

A existência da Paz Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo.

Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países socialistas.

Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia.

Alguns países membros do Pacto de Varsóvia : URSS, Cuba, China, Coréia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia.

Cortina de Ferro

Foi a política de isolamento lançada pela União Soviética depois da Segunda Guerra Mundial, durante a chamada Guerra Fria e que envolveu uma censura rígida e grandes restrições na deslocação de pessoas. A expressão “Cortina de Ferro”, identificou o conjunto dos países europeus de regime comunista sob influência directa de Moscovo: Alemanha Oriental, Polónia, Checoslováquia _ actuais Republica Checa e Eslováquia; Hungria, Roménia, Bulgária e Albânia.

Esta cortina de isolamento e separação mundial só foi desfeita entre 1989 e 1991 quando caíram os governos comunistas da Europa de Leste e da URSS

9. ENEM








terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

8. ENEM



Síntese protéica

O RNA é formado por apenas um filamento de muitos nucleotídeos do qual a pentose é sempre ribose e a timina não aparece, tomando o seu lugar a base uracil.
Há três tipos de RNA: o mensageiro (RN-m), o transportador (RNA-t) e o ribossomial (RNA-r).
O primeiro leva a mensagem do DNA do núcleo ao citoplasma; o segundo transporta aminoácidos e o terceiro participa da constituição dos ribossomos.

O código genético compreende todo o mecanismo através do qual o DNA comanda as características.
Esses mecanismos dividi-se em duas etapas: transcrição e tradução.

Do DNA ao RNA: TRANSCRIÇÃO

A transcrição é a transferência da mensagem genética do DNA para o RNA mensageiro.
Um filamento de DNA se afasta do seu complemento, expondo suas bases, onde se encaixam os nucleotídeos de RNA.
Esse encaixe obedece à obrigatoriamente as ligações entre as bases.
Porém onde houver adenina no DNA, vai encaixar-se a base uracil.

Por exemplo:

Uma sequência TACGGACTA do DNA
Haverá a sequência AUGCCUGAU no RNA.

RNA à proteína: TRADUÇÃO

Traduzir a mensagem genética, significa passar o código, que está na forma de uma sequência de bases de RNA, para uma sequência de aminoácidos da proteína.
O mecanismo da tradução é o seguinte: um grupo de três bases consecutivas do RNA-mensageiro é o código correspondente a um aminoácido.
Esses trios de bases, chamados códon.
Entretanto, o códon só realiza o trabalho de identificação dos aminoácidos com o auxilio do RNA-transportador.
O RNA-transportado é capaz de se ligar aos aminoácidos que estão dissolvidos no citoplasma e transportar essas unidades até o RNA-mensageiro.
Numa das extremidades do filamento de RNA-t aparecem as bases e numa das curvas há um trio de bases, que varia de um transportador para outro.
Esse trio é chamado anticódon.
Para cada uma das vinte espécies de aminoácidos, existe um transportador diferente.
Tal diferença que torna o transportador específico para cada aminoácido.
A tradução da sequência de bases do RNA-m para proteína é feita nos ribossomos.
Os RNA-t, com os respectivos aminoácidos, vão-se encaixando nos códons correspondentes do RNA-m.
À medida que um grupo de ribossomos desliza pelo RNA-mensageiro, os aminoácidos vão-se unindo e formando uma molécula de proteína.




segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

7. ENEM

Mineração

Desde o início da colonização portuguesa na América, o governo português sempre esteve preocupado com o descobrimento de minas de metais preciosos.
Assim que as primeiras minas começaram a funcionar, a população passou por grandes momentos de necessidades.
Pois não havia estrutura para abastecer um centro urbano nascido quase da noite para o dia.
O abastecimento das minas tornou-se um grave problema, sobrevindo crises de fome.
Estas crises de fome afligiram a zona mineradora por longos períodos.

Porém, passado este momento inicial de caos econômico, houve uma reformulação em torno de tal mercado consumidro gigantesco que foi criado, o que possibilitou o desenvolvimento de zonas especializadas na criação, engorda ou negociação de animais.

A palavra "tropeiro" deriva de tropa, numa referência ao conjunto de homens que transportavam gado e mercadoria no Brasil colônia.

Nos Séculos XVII e XVIII, os tropeiros eram partes da vida da zona rural e cidades pequenas dentro do sul do Brasil. Vestidos como gaúchos com chapéus, ponchos, e botas, os tropeiros dirigiram rebanhos de gado e levaram bens por esta região para São Paulo, comercializados na feira de Sorocaba. De São Paulo, os animais e mercadorias foram para os estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
Em direção às minas, o transporte feito no lombo de animais foi fundamental devido aos acidentes geográficos da região, que dificultavam o transporte. Já para as regiões de Goiás e Mato Grosso, a maioria dos produtos eram transportados através dos rios, nas chamadas monções.

A alimentação dos tropeiros era constituída por toucinho, feijão preto, farinha, pimenta-do-reino, café, fubá e coité (um molho de vinagre com fruto cáustico espremido). Nos pousos comiam feijão quase sem molho com pedaços de carne de sol e toucinho (feijão tropeiro) que era servido com farofa e couve picada. Bebidas alcoólicas só eram permitidas em ocasiões especiais: quando nos dias muitos frios tomavam um pouco de cachaça para evitar constipação e como remédio para picada de insetos.
O tropeiro montava um cavalo que possuía sacola para guardar a capa, a sela apetrechada, suspendia-se em pesados estribos e enfeitava a crina com fitas. Chamavam "madrinha" o cavalo ou mula já envelhecida e bastante conhecida dos outros animais para poder atraídos era a cabeça da tropa e abria o percurso, com a fila de cargueiros à sua retaguarda; "malotagem" eram os apetrechos e arreios necessários de cada animal e acondicionamento da carga e "broaca" os bolsões de couro que eram colocados sobre a cangalha e serviam para guardar a mercadoria.

Percebemos a importância da atividade dos tropeiros de diferentes maneiras: o abastecimento da região mineradora e outras, sem os quais a exploração das jazidas seria impossível; a ocupação da região interior do Brasil, contribuindo para consolidar o domínio português, ao mesmo tempo em que fundaram diversas vilas e cidades. O comércio de animais foi fator determinante para integrar efetivamente o sul ao restante do Brasil, apesar das diferenças culturais entre as regiões da colônia, os interesses mercantis foram responsáveis por essa fusão e indiretamente, pela prosperidade tanto da grande propriedade estancieira gaúcha, como de pequenas propriedades familiares, em regiões onde predominaram populações de origem européia e que abasteciam de alimentos as fazendas pecuaristas.